Escola Municipal Raja Gabaglia.
Termos essenciais da oração
Sujeito e predicado
Para que a oração tenha significado,
são necessários alguns termos básicos: os termos essenciais. A oração possui
dois termos essenciais, o sujeito e o predicado.
Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo.
Por Exemplo:
As praias estão cada vez mais poluídas.
Sujeito
Sujeito
Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre o
sujeito.
Por Exemplo:
As praias
|
estão cada vez mais poluídas.
|
Predicado
|
Posição do sujeito na oração
Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar:
§ Na ordem
direta: o sujeito aparece antes do predicado.
As crianças
|
brincavam despreocupadas.
|
Sujeito
|
Predicado
|
§ Na Ordem
Inversa: o sujeito aparece depois do predicado.
Brincavam despreocupadas
|
as crianças.
|
Predicado
|
Sujeito
|
§ Sujeito no Meio do
Predicado:
Despreocupadas,
|
as crianças
|
brincavam.
|
Predicado
|
Sujeito
|
Predicado
|
Classificação do sujeito
O sujeito das orações da língua
portuguesa pode ser determinado ou indeterminado.
Existem ainda as orações sem sujeito.
Sujeito determinado
É aquele que se pode identificar com precisão a partir da concordância
verbal. Pode ser:
a) Simples
Apresenta apenas um núcleo
ligado diretamente ao verbo.
Por exemplo:
A rua estava
deserta.
Os meninos estão
gripados.
b) Composto
Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo.
Tênis e natação são
ótimos exercícios físicos.
c) Implícito
Ocorre quando o sujeito não
está explicitamente representado na oração, mas pode ser identificado.
Por Exemplo: Dispensamos todos os funcionários.
Nessa oração, o sujeito
é implícito e determinado, pois está indicado pela
desinência verbal -mos.
Observação: o sujeito implícito também é chamado de sujeito elíptico,
subentendido ou desinencial. Antigamente era denominado sujeito oculto.
Sujeito
indeterminado
É aquele que, embora existindo, não se
pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua
portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma
oração:
a) Com verbo na 3ª pessoa do plural:
O verbo é colocado na terceira pessoa
do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em
outra oração):
Por exemplo:
Procuraram você por todos
os lugares.
Estão pedindo seu documento
na entrada da festa.
b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do
pronome se:
O verbo vem acompanhado do
pronome se, que atua como índice de indeterminação do
sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento
direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo
obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.
Exemplos:
Vive-se melhor no campo. (Verbo
Intransitivo)
Precisa-se de técnicos em
informática. (Verbo Transitivo Indireto)
No casamento, sempre se
fica nervoso. (Verbo de Ligação)
c) Com o verbo no infinitivo impessoal:
Por exemplo:
Era
penoso estudar todo aquele conteúdo.
É triste assistir a estas cenas tão trágicas.
É triste assistir a estas cenas tão trágicas.
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a
elementos explícitos em orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado.
Por Exemplo:
Felipe e Marcos foram
à feira. Compraram muitas verduras.
Nesse caso, o
sujeito de compraram é eles (Felipe e Marcos). Ocorre
sujeito oculto.
Oração sem sujeito
Uma oração sem sujeito é
formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo
impessoal. Observe a estrutura destas orações:
Sujeito
|
Predicado
|
-
|
Havia formigas na casa.
|
-
|
Nevou muito este ano em Nova Iorque.
|
É possível constatar que
essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um
fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a
mensagem centra-se no processo verbal. Os casos mais comuns de
orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com:
a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza:
Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer,
etc.
Por exemplo:
Choveu muito no
inverno passado.
Amanheceu antes do
horário previsto.
Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem
ter sujeito determinado.
Por exemplo:
Choviam crianças
na distribuição de brindes. (crianças=sujeito)
Já amanheci cansado.
(eu=sujeito)
b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando
usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos
meteorológicos:
Ser: É noite. (Período do dia)
Eram duas horas da manhã. (Hora)
Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de
acordo com a expressão numérica que o acompanha. (É uma
hora/ São nove horas)
Hoje é (ou são) 15 de março. (Data)
Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no
singular, subentendendo-se a palavra dia, ou então irá para o plural,
concordando com o número de dias.
Estar: Está tarde. (Tempo)
Está muito quente.(Temperatura)
Fazer: Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Fez 39° C ontem. (Temperatura)
Haver: Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)
Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir)
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