quarta-feira, 3 de junho de 2020

Cinco erros de Língua Portuguesa- 3/06 - 9º ano - Professora Roberta Christiane

CINCO ERROS DE PORTUGUÊS COMUNS E COMO EVITÁ-LOS NA produção textual



   A principal função da língua é a comunicação. A língua é o instrumento que utilizamos para interagir com as outras pessoas, seja na escrita, seja na fala. Uma das ferramentas que proporcionam a interação entre os falantes é a gramática de uma língua. Você sabe por quê? As regras gramaticais permitem a padronização do idioma para todos os falantes, o que possibilita o entendimento entre eles, não importando as possíveis variações regionais ou culturais.

   São inúmeras as normas gramaticais da língua portuguesa e, infelizmente, vários são os erros que cometemos em relação a elas em nosso cotidiano. Bem sabemos que os desvios que cometemos na fala, muitas vezes, não comprometem a comunicação com o outro, porém, na escrita, os erros podem prejudicar a interação entre os falantes, além de atestar que não temos domínio sobre a variedade padrão de nossa língua materna.

Erro 1: Uso da vírgula – saiba quais são os casos de uso da vírgula em que mais cometemos desvios na hora de escrever uma redação.
→ a vírgula não pode separar o sujeito do predicado:
Exemplos:
Certo: “Maria disse que não iria.”
Errado: “Maria, disse que não iria.”
→ a vírgula não pode ser utilizada separando oração principal de uma oração subordinada substantiva:
Exemplos:
Certo: “Creio que Maria não virá.”
Errado: “Creio, que Maria não virá.”
→ as orações coordenadas são separadas por vírgulas, mesmo as aditivas em que o “e” separar orações com sujeitos diferentes:
Exemplos:
Certo: “Maria chegou atrasada, falou com Alice, e Pedro não disse nada.”
Errado: “Maria chegou atrasada falou com Alice e Pedro não disse nada.”
→ os adjuntos adverbiais deslocados e longos devem ser separados por vírgula ou estar entre vírgulas.
Exemplos:
Certo: “Maria, ao falar de sua mãe na comemoração, ficou emocionada.”
Errado: “Maria ao falar de sua mãe na comemoração,ficou emocionada.”
Certo: “Na tarde de segunda-feira, os deputados anunciaram a nova lei.”
Errado: “Na tarde de segunda-feira os deputados anunciaram o novo projeto.”

Observação importante: se a frase estiver na ordem direta e se o adjunto adverbial for curto, a vírgula será facultativa.
Exemplos:
Ordem direta
Os deputados anunciaram o novo projeto na tarde de segunda-feira.
Os deputados anunciaram o novo projeto, na tarde de segunda-feira.
Adjunto adverbial curto
Ontem foram eleitos dois representantes. (adjunto adverbial curto)
Ontem, foram eleitos dois representantes.
→ nas orações subordinadas adverbiais, se vierem antecedidas ou intercaladas às orações principais, a vírgula é obrigatória:
Exemplos:
Certo: “Como o trânsito das metrópoles é um caos, as pessoas precisam de meios alternativos de locomoção.”
Errado: “ Como o trânsito das metrópoles é um caos as pessoas precisam de meios alternativos de locomoção.”
Certo: “As pessoas, já que o trânsito das metrópoles é um caos, precisam de meios alternativos de locomoção.”
Errado: “As pessoas já que o trânsito das metrópoles é um caos precisam de meios alternativos de locomoção.”
Erro 2: Uso do verbo Haver
→ O verbo “haver” não é muito comum na fala, por isso há uma certa dificuldade na hora de fazer o seu uso correto na escrita. “Haver”, no sentido de ocorrer ou existir, é impessoal, ou seja, ele permanecerá na terceira pessoa do singular, pois não tem sujeito. Dessa forma, ao utilizarmos o verbo “haver” no sentido de “ocorrer” ou “existir”, não podemos flexioná-lo em número e pessoa.
Exemplos:
Certo: “Haverá mudanças no governo.”
Errado: “Haverão mudanças no governo.”
Erro 3: Uso da crase
→ O acento grave indicador de crase é a fusão da preposição “a” com o artigo “a”. Apenas quando houver a combinação das vogais idênticas, “a” artigo e “a” preposição, é que utilizaremos a crase.
Exemplos:
→ a crase deve ser empregada apenas diante de palavras femininas;
Certo: “Marcela disse a ele que não gostou da comida.”
Errado: “Marcela disse à ele que não gostou da comida.”
→ a crase deve ser empregada em expressões que indiquem hora;
Certo: “ Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde ...” (Antoine de Saint-Exupéry)
Errado: “ Se tu vens, por exemplo, as quatro da tarde ...”
→ a crase deve ser empregada em locuções adverbiais formadas por palavras femininas;
Certo: “ Às vezes isso não dará certo.”
Errado: “As vezes isso não dará certo.”
Erro 4: Mim x Eu
→ “Mim”, pronome pessoal oblíquo, será utilizado quando desempenhar a função de complemento de uma oração. Outro aspecto que definirá se devemos usar “mim” é a existência de preposições (entre, contra, mediante, para, por, sem, sobre, desde, em, ante, até) na frase.
Já o pronome “eu”, no caso do impasse “mim X eu”, deve ser empregado apenas quando desempenhar função de sujeito.
Exemplos:
Certo: “ Maria, você pode comprar os livros para mim?”
Errado: “Maria, você pode comprar os livros para eu?”
Certo: “ Falta pouco para eu terminar minha jornada.”
Errado: “ Falta pouco para mim terminar minha jornada.”
Erro 5: Mas x Mais
→ Talvez esse seja um dos erros mais comuns, pois, na fala, a pronúncia é muito semelhante, mas, na escrita, esse é um dos casos em que o uso inadequado pode mudar completamente o sentido da frase. “Mas” deve ser empregado quando a ideia de oposição e contrariedade for a intenção. “Mais”, por outro lado, deve ser utilizado como advérbio de intensidade.
Exemplos:
Certo: “Os professores da rede pública trabalham muito, mas recebem pouco no Brasil.”
Errado: “Os professores da rede pública trabalham muito, mais recebem pouco no Brasil.”
Certo: “Este é o governo mais complicado que eu já vi.”
Errado: “Este é o governo mas complicado que eu já vi.”

Google Classroom – Língua Portuguesa
Códigos:
6º - 4vlsq5a
8º - wx5523p
9º - 222ckrw

Bons estudos!
Professora Roberta Christiane.
Língua Portuguesa.

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