sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Dicas da Beta - 27/11 - Professora Roberta Christiane

 Olá, queridos alunos!

   Anote estas dicas em seu caderno.







Google Classroom – Língua Portuguesa

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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Língua Portuguesa - 9º ano - 26/11 - Professora Roberta Christiane

 Olá, queridos alunos do 9º ano!

   Hoje a revisão é sobre concordância verbal.



Concordância verbal

Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com seu sujeito.

Sujeito Simples

Regra Geral

O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa.

 

Veja os exemplos:

A orquestra           tocou      uma valsa longa.
3ª p. Singular        3ª p. Singular

 

Os pares                que  rodeavam a nós dançavam bem.
3ª p. Plural              3ª p. Plural

 

Casos Particulares

Há muitos casos em que o sujeito simples é constituído de formas que fazem o falante hesitar no momento de estabelecer a concordância com o verbo. Às vezes, a concordância puramente gramatical é contaminada pelo significado de expressões que nos transmitem noção de plural, apesar de terem forma de singular ou vice-versa. Por isso, convém analisar com cuidado os casos a seguir.

1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.

Por Exemplo:

A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.

Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhuma proposta interessante.

Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos coletivos, quando especificados. Por Exemplo:

Um bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento.

Obs.: nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural confere destaque aos elementos que formam esse conjunto.

 

Concordância verbal (casos particulares II)

2) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo. Observe:

Cerca de mil pessoas participaram da manifestação.
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas.

Obs.: quando a expressão "mais de um" se associar a verbos que exprimem reciprocidade, o plural é obrigatório:

Por Exemplo:

Mais de um colega se ofenderam na tumultuada discussão de ontem. (ofenderam um ao outro)

 

3) Quando se trata de nomes que só existem no plural, a concordância deve ser feita levando-se em conta a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve ficar no singular. Quando há artigo no plural, o verbo deve ficar o plural.

Exemplos:

Os Estados Unidos possuem grandes universidades.
Alagoas impressiona pela beleza das praias.
As Minas Gerais são inesquecíveis.
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.
Os Sertões imortalizaram Euclides da Cunha.

4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, quaisquer, vários) seguido por "de nós" ou "de vós", o verbo pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pessoa do plural) ou com o pronome pessoal. Veja:

Quais de nós são / somos capazes?
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso?
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões inovadoras.

Obs.: veja que a opção por uma ou outra forma indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fizemos", esta pessoa está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não ocorre quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabiam de tudo e nada fizeram.", frase que soa como uma denúncia.

Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo ficará no singular.

Por Exemplo:

Qual de nós é capaz?
Algum de vós fez isso.


Concordância verbal (casos particulares III)

5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo.

Exemplos:

25% do orçamento do país deve destinar-se à Educação.
85% dos entrevistados não aprovam a administração do prefeito.
1% do eleitorado aceita a mudança.
1% dos alunos faltaram à prova.

Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o número. Veja:

25% querem a mudança.
1% conhece o assunto.

 

6) Quando o sujeito é o pronome relativo "que", a concordância em número e pessoa é feita com o antecedente do pronome.

Exemplos:

Fui eu que paguei a conta.
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida.
Ainda existem mulheres que ficam vermelhas na presença de um homem.

 

7) Com a expressão "um dos que", embora alguns gramáticos considerem a concordância facultativa, a preferência é pelo uso do verbo no plural, para concordar com a palavra que antecede o pronome relativo “que”.

Por Exemplo:

Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encantaram os poetas.
Se você é um dos que admiram o escritor, certamente lerá seu novo romance.

Atenção:

Na linguagem corrente, o que se ouve, efetivamente, são construções como:

"Ele foi um dos deputados que mais lutou para a aprovação da emenda".

Ao compararmos com um caso em que se use um adjetivo, temos:

"Ela é uma das alunas mais brilhante da sala."

Ao invertermos as frases, fica claro que o emprego das formas no plural está adequado:

"Das alunas mais brilhantes da sala, ela é uma."
"Dos deputados que mais lutaram pela aprovação da emenda, ele é um".

 

Concordância verbal (casos particulares IV)

8) Quando o sujeito é o pronome relativo "quem", pode-se utilizar o verbo na terceira pessoa do singular ou em concordância com o antecedente do pronome.

Exemplos:

Fui eu quem pagou a conta. / Fui eu quem paguei a conta.
Fomos nós quem pintou o muro. / Fomos nós quem pintamos o muro.

 

9) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.

Por Exemplo:

Vossa Excelência é diabético?
Vossas Excelências vão renunciar?

10) A concordância dos verbos bater, dar e soar se dá de acordo com o numeral.

Por Exemplo:

Deu uma hora no relógio da sala.
Deram cinco horas no relógio da sala.

Obs.: caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito. Por exemplo:

O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.

11) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum sujeito, são usados sempre na 3ª pessoa do singular. São verbos impessoais:

Haver no sentido de existir;
Fazer indicando tempo;
Aqueles que indicam fenômenos da natureza.

Exemplos:

Havia muitas garotas na festa.
Faz dois meses que não vejo meu pai.
Chovia ontem à tarde.


Concordância verbal (sujeito composto)

Sujeito Composto

1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz no plural:

Exemplos:

Pai e filho conversavam longamente.
  (Sujeito)

Pais e filhos devem conversar com frequência.
  (Sujeito)

2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gramaticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte maneira: a primeira pessoa do plural prevalece sobre a segunda pessoa, que por sua vez, prevalece sobre a terceira. Veja:

Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
              Primeira Pessoa do Plural (Nós)

Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
       Segunda Pessoa do Plural (Vós) 

Pais e filhos     precisam     respeitar-se. 
         Terceira Pessoa do Plural (Eles)

Obs.: quando o sujeito é composto, formado por um elemento da segunda pessoa e um da terceira, é possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural.  Aceita-se, pois, a frase: "Tu e teus irmãos tomarão a decisão."

3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do sujeito mais próximo. Convém insistir que isso é uma opção, e não uma obrigação.

Por Exemplo:

Faltaram coragem e competência.
Faltou coragem e competência.

4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, a concordância é feita obrigatoriamente no pluralObserve:

Abraçaram-se vencedor e vencido.
Ofenderam-se o jogador e o árbitro.

Casos Particulares

1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos sinônimos ou quase sinônimos, o verbo pode ficar no plural ou no singular.

Por Exemplo:

Descaso e desprezo marcam / marca seu comportamento.

2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos dispostos em gradação, o verbo pode ficar no plural ou concordar com o último núcleo do sujeito.

Por Exemplo:

Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segundo me satisfazem / satisfaz.

No primeiro caso, o verbo no plural enfatiza a unidade de sentido que há na combinação. No segundo caso, o verbo no singular enfatiza o último elemento da série gradativa.

Concordância verbal - sujeito composto (casos particulares II)

3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por "ou" ou "nem", o verbo deverá ficar no plural se a declaração contida no predicado puder ser atribuída a todos os núcleos.

Por Exemplo:

Drummond ou Bandeira representam a essência da poesia brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta.

Quando a declaração contida no predicado só puder ser atribuída a um dos núcleos do sujeito, ou seja, se os núcleos forem excludentes, o verbo deverá ficar no singular. Por exemplo:

Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olimpíada.
Você ou ele será escolhido. (Só será escolhido um)

4) Com as expressões "um ou outro" "nem um nem outro", a concordância costuma ser feita no singular, embora o plural também seja praticado.

Por Exemplo:

Um e outro compareceu / compareceram à festa.
Nem um nem outro saiu / saíram do colégio.

5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por "com", o verbo pode ficar no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um mesmo grau de importância e a palavra "com" tem sentido muito próximo ao de "e". Veja:

O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretariado traçaram os planos para o próximo semestre.

Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a ideia é enfatizar o primeiro elemento.

O pai com o filho montou o brinquedo.
O governador com o secretariado traçou os planos para o próximo semestre.

  Obs.: com o verbo no singular, não se pode falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez que as expressões "com o filho" e "com o secretariado" são adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se houvesse uma inversão da ordem. Veja:

"O pai montou o brinquedo com o filho." 
"O governador traçou os planos para o próximo semestre com o secretariado."

6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas como: "não só...mas ainda""não somente"..., "não apenas...mas também""tanto...quanto", o verbo concorda de preferência no plural.

Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o Nordeste.
Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia.

7) Quando os elementos de um sujeito composto são resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é feita com esse termo resumidor.

Por Exemplo:

Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante na vida das pessoas.

 

Outros Casos

O Verbo e a Palavra "SE"

Dentre as diversas funções  exercidas pelo "se", há duas de particular interesse para a concordância verbal:

a) quando é índice de indeterminação do sujeito; 
b) quando é partícula apassivadora.

Quando índice de indeterminação do sujeito, o "se" acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na terceira pessoa do singular.

Exemplos:

Precisa-se de governantes interessados em civilizar o país.
Confia-se em teses absurdas.
Era-se mais feliz no passado.

Quando  pronome apassivador, o "se" acompanha verbos transitivos diretos (VTD) etransitivos diretos e indiretos (VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração.

Exemplos:

Construiu-se um posto de saúde.
Construíram-se novos postos de saúde.
Não se pouparam esforços para despoluir o rio.
Não se devem poupar esforços para despoluir o rio.

O Verbo "Ser"

A concordância verbal se dá sempre entre o verbo e o sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordância pode ocorrer também entre o verbo e o  predicativo do sujeito.

O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito:

a) Quando o sujeito for representado pelos pronomes  - isto, isso, aquilo, tudo, o - e o predicativo estiver no plural.

Exemplos:

Isso são lembranças inesquecíveis.
Aquilo eram problemas gravíssimos.
O que eu admiro em você são os seus cabelos compridos.

b) Quando o sujeito estiver no singular e se referir a coisas, e o predicativo for um substantivo no plural.

Exemplos:

Nosso piquenique   foram      só     guloseimas.
       Sujeito       Predicativo do Sujeito
                    
Sua rotina     eram    só      alegrias.
Sujeito         Predicativo do Sujeito

Se o sujeito indicar pessoa, o verbo concorda com esse sujeito. Por exemplo:

Gustavo era só decepções.
Minhas alegrias é esta criança.

Obs.: admite-se a concordância no singular quando se deseja fazer prevalecer um elemento sobre o outro. Por exemplo:

A vida é ilusões.

c) Quando o sujeito for pronome interrogativo que ou quem. Por exemplo:

Que são esses papéis?
Quem são aquelas crianças?

O Verbo "Ser" (continuação)

d) Como impessoal na indicação de horas, dias e distâncias, o verbo ser concorda com o numeral.

Exemplos:

É uma hora.
São três da manhã.
Eram 25 de julho quando partimos.
Daqui até a padaria são dois quarteirões.

Saiba que:

Na indicação de dia, o verbo ser admite as seguintes concordâncias:

1) No singular: Concorda com a palavra explícita dia. Por Exemplo: Hoje é dia quatro de março.

2) No plural: Concorda com o numeral, sem a palavra explícita dia.

Por Exemplo: Hoje são quatro de março.

3) No singular: Concorda com a ideia implícita de dia.

Por Exemplo: Hoje é quatro de março.

e) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito, menos de, mais de, etc., o verbo ser fica no singular.

Exemplos:

Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.
Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido. 
Duas semanas de férias é muito para mim.

f) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o verbo. Por exemplo: 

No meu setor, eu sou a única mulher.

Aqui os adultos somos nós.

Obs.: sendo ambos os termos (sujeito e predicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo concorda com o pronome sujeito.

Por Exemplo:

Eu não sou ela.
Ela não é eu. 

g) Quando o sujeito for uma expressão de sentido partitivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o verbo ser concordará com o predicativo. Por exemplo:

A grande maioria no protesto eram jovens.
O resto foram atitudes imaturas.

O Verbo "Parecer"

O verbo parecer, quando seguido de infinitivo, admite duas concordâncias:

a) Ocorre variação do verbo parecer e não se flexiona o infinitivo. Por exemplo:

Alguns colegas pareciam chorar naquele momento.

b) A variação do verbo parecer não ocorre, o infinitivo sofre  flexão. Por exemplo:

Alguns colegas parecia chorarem naquele momento.

Obs.: a  primeira construção é considerada corrente, enquanto a segunda, literária.

Atenção:

Com orações desenvolvidas, o verbo parecer fica no singular. Por exemplo:

As paredes parece que têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos.)

A Expressão "Haja Vista"

A expressão haja vista admite as seguintes construções:

a) A expressão fica invariável (seguida ou não de preposição). Por exemplo:

Haja vista as lições dadas por ele. ( = por exemplo)

Haja vista aos fatos explicados por esta teoria. ( = atente-se)

b) O verbo haver pode variar (desde que não seguido de preposição), considerando-se o termo seguinte como sujeito.

Por exemplo:

Hajam vista os exemplos de sua dedicação. ( = vejam-se)


Vídeos:

https://youtu.be/4ZJnTqTk4_Y




https://youtu.be/iZ7Ryffdoc0



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Língua Portuguesa - 26/11 - Professora Roberta Christiane

 

    Olá, queridos alunos!


ADEQUAÇÃO LINGUÍSTICA

   O ser humano adora conversar! O tempo todo estamos falando com alguém nas mais diversas situações comunicacionais. Quando utilizamos o código, que é a língua portuguesa, envolvemos inúmeras operações mentais que nos levam a escolher o vocabulário e até mesmo um jeito mais apropriado de falar, e esse jeito pode variar de acordo com a situação na qual estamos envolvidos.

   Somos poliglotas, mesmo quando dominamos uma única língua. Isso acontece porque os falantes possuem uma grande capacidade de adaptarem-se em diferentes contextos, fazendo usos diferentes de um mesmo idioma. Na escola, conversando com os amigos, fazemos uso de uma determinada linguagem; quando falamos com a professora ou com o professor, a linguagem sofre algumas modificações, ficando mais formal e até mais respeitosa. Essa capacidade de “falar diferente” é chamada de adequação linguística. Mas será que você sabe o que é adequação linguística?

   A adequação linguística é a habilidade que os falantes possuem de adaptar a linguagem de acordo com a necessidade do momento. Podemos optar por dois diferentes registros da língua portuguesa: a variedade padrão ou a variedade popular, também conhecida como linguagem coloquial. Cada uma dessas variedades deve ser empregada em situações específicas, e ambas, sem distinção, funcionam bem, cumprindo papéis específicos na comunicação. Observe um exemplo de adequação linguística que foi questão de prova do Exame Nacional do Ensino Médio no ano de 2009:

Gerente: — Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?

Cliente: — Estou interessado em financiamento para compra de veículo.

Gerente: — Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente?

Cliente: — Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.

Gerente: — Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.

BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna.

São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).

   Você observou que a maneira de falar da gerente sofreu uma grande alteração quando ela reconheceu no cliente um amigo? Antes de saber que falava com o colega, ela adotou a variedade padrão, registro que apresenta um discurso mais formal, próprio das relações profissionais e de momentos em que não conhecemos bem nosso interlocutor. Contudo, depois que o amigo se identificou, ela alterou o registro, preferindo a linguagem coloquial, cuja principal característica é a descontração e a informalidade. Agora, observe o que pode acontecer quando não adequamos a linguagem à situação comunicacional:



   Para sermos poliglotas em nossa própria língua, é preciso ficar atento à adequação linguística

   Observando o diálogo entre Calvin e a mãe, podemos dizer que ele fez uso da adequação linguística? Certamente não! O uso de uma linguagem formal e cheia de palavras “difíceis” contribuiu para o efeito de humor da tirinha, exemplificando bem que para cada momento existe uma maneira mais adequada de falar. Na nossa casa, com nossa família, ou na escola, com nossos amigos, é normal que a coloquialidade seja adotada no discurso. No entanto, em situações que exigem um discurso mais formal, devemos abrir mão de gírias e outras expressões próprias da coloquialidade, preferindo a variedade padrão. Portanto, fique atento, comunique-se com eficiência e adequação!

Fonte: https://escolakids.uol.com.br

(Por Luana Castro - Graduada em Letras)


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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Língua Portuguesa - 6º ano - 25-11- Professora Roberta Christiane

   Olá, queridos alunos do 6º ano!


CARACTERÍSTICAS DA PROSA E DA POESIA

   Será mesmo que poesia é tudo aquilo que escrevemos em verso e prosa é aquilo não se escreve desta forma? Pois bem, chegou o momento de aprendermos um pouco mais sobre as diferenças existentes entre estas duas modalidades.
Para isto, iremos observar este primeiro exemplo:

DORME RUAZINHA… É TUDO ESCURO!…

Dorme ruazinha… É tudo escuro…
E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranquilos…

Dorme… Não há ladrões, eu te asseguro…
Nem guardas para acaso perseguí-los…
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos…

O vento está dormindo na calçada,
O vento enovelou-se como um cão…
Dorme, ruazinha… Não há nada…

Só os meus passos… Mas tão leves são,
Que até parecem, pela madrugada,
Os da minha futura assombração…


Mário Quintana

A bela adormecida    


   Era uma vez... um rei e uma rainha que desejavam muito ter um bebê. Um dia nasceu uma menina, a princesa tão desejada.

   Quando ela completou um ano, o rei ofereceu uma festa convidando o dono das terras vizinhas, com seu pequeno filho.

   Durante a festa, chegaram três fadas para presentear a princesa. A primeira lhe desejou beleza; a segunda lhe desejou formosura. Mas antes que a terceira pudesse dizer seu desejo, apareceu uma feiticeira e rogou uma praga:

   - Quando completares 15 anos, menina, hás de espetar teu dedo num fuso e hás de morrer.

   E, dizendo isso, desapareceu.

   Diante do espanto de todos, a terceira fada falou:

   - Não, a princesa não vai morrer. Cairá em sono profundo, porque esse é o meu desejo, e despertará, depois, com um beijo de amor.

   O rei ficou muito assustado e ordenou que queimassem todas as rocas do reino pra livrar a princesa da maldição da bruxa.

   Tempos depois... a jovem, que já tinha completado 15 anos, possuía todas as virtudes concedidas pelas fadas e era amada por todos. Um dia passeando pelo castelo chegou até a torre mais alta. Quando abriu a porta, deparou-se com uma velha fiando linho. Era a feiticeira, disfarçada.

   A princesa ficou muito interessada, pois nunca tinha visto uma máquina como aquela e quis fiar também. Ao tentar, furou o dedo e logo adormeceu. O mesmo aconteceu com todos os habitantes do castelo.

   As fadas logo, logo, ficaram sabendo do que tinha acontecido e correram para o castelo e levaram a princesa para seus aposentos. O príncipe foi logo, logo, avisado do que acontecera.

   E a bruxa, sabendo que o príncipe tentaria salvar a jovem, quis esconder o castelo e fez crescer ao redor dele uma floresta, assim, de repente, num passe de mágica.

   O príncipe partiu imediatamente pra salvar a princesa. Mas, ao chegar, deparou-se com a floresta fechando todos os caminhos. Desorientado, ele não sabia mais o que fazer, lembrou-se então das fadas e pediu-lhes ajuda. Estas fizeram então aparecer em suas mãos um machado.

   E foi com ele que o príncipe abriu caminho e pôde entrar no castelo. Chegou à torre, aproximou-se da princesa e a beijou. Ela despertou, linda, linda!.

   Iniciava-se assim uma nova era de felicidade pra todos.

Irmãos Grimm

   No primeiro texto, percebemos que a emoção, os sentimentos estão à flor da pele, não é verdade? É exatamente por este motivo que o classificamos como “poesia”, pois o autor, no caso, Mário Quintana – um importante poeta, fala da realidade de dentro para fora. Isto quer dizer que cada leitor pode interpretá-la de modo diferente, pois ela se constitui de um aspecto único – a subjetividade, ou seja, as diferentes opiniões que as pessoas possuem sobre um determinado assunto. Outro fator de extrema importância é que na poesia não há uma sequência contínua, expressa pelo começo, meio e fim. Percebeu as reticências? Elas existem para que cada um de nós a interpretemos à nossa maneira.
   Não nos esquecendo também das rimas, da sonoridade, enfim, de toda magia que ela nos transmite, não é mesmo?

   Já no segundo exemplo, percebemos que apesar de não ser uma história verdadeira, ela tem uma lógica mais completa, pois o desenrolar dos acontecimentos acompanha uma sequência (começo, meio e fim). Outro aspecto é que o autor escreve a partir da sua observação de fora para dentro, por isso podemos considerar que se trata de um texto totalmente objetivo, pois ele não permite que façamos múltiplas interpretações, somente uma.

   Percebeu como fica fácil diferenciarmos? De agora em diante é bem possível que você não tenha mais dúvidas, certo?

Fonte: https://escolakids.uol.com.br

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As estratégias lógicas em um texto | Rioeduca na TV – Língua Portuguesa - 9º Ano – Reforço escolar - Professora Roberta Christiane

                                          As estratégias lógicas em um texto Vídeo:  https://youtu.be/5oeLGRMOySA Podcast -  https://anchor....